O Rio de Janeiro recebe esta semana a 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). O Festival dos Estudantes, como também é chamado o encontro da entidade, começa na quinta-feira (2) e vai até domingo (5). Dez mil jovens devem vir à cidade. Haverá diversas atrações culturais abertas ao público. Debates estão programados para a Fundição Progresso, e ali perto, nos Arcos da Lapa, um palco receberá grandes nomes da cultura, sempre às 20h. Já na quinta-feira, tem show dos tradicionais bois folclóricos de Parintins, Caprichoso e Garantido, e participação especial da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Logo depois, Gaby Amarantos sobe ao palco. Na sexta-feira (3), é a vez do Baiana System. No sábado (4) tem Rennan da Penha.
Nesta edição carioca, o tema escolhido é Um Rio Chamado Brasil: Afluentes da Reconstrução, com criações e produções que remetem à diversidade cultural brasileira, ancestralidades, fé e territórios. Ao longo dos dias, as ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, dos Povos Originários, Sônia Guajajara, dos deputados André Janones, Dani Balbi e Jandira Feghali estarão na Fundição Progresso participando de debates e apresentações. Também foram convidados o ator Gregório Duvivier, os escritores Geovani Martins e Cida Pedrosa e o jornalista fundador do Voz da Comunidades, Rene Silva.
Nesta edição, a Bienal da UNE terá parceria da Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio), que atua na promoção de políticas públicas para a juventude do Rio de Janeiro. O secretário de Juventude, Salvino Oliveira, levará jovens dos projetos Emprega JUV e Geração Transformadora e participará do debate de abertura no dia 2 de fevereiro, na Fundição Progresso. “O investimento na juventude é uma forma de dizermos o quanto acreditamos num futuro melhor também para o nosso país.
O Rio de Janeiro tem a maior população jovem da sua história neste momento. São mais de 1,6 milhão de pessoas para quem trabalhamos dia e noite para proporcionar oportunidades e reverter o triste quadro da desocupação total. E trazer a Bienal da UNE para cá nos traz a esperança de que essa transformação é possível e de que estamos no caminho certo”, disse o secretário. A Prefeitura do Rio fez um aporte de R$ 3 milhões para o evento. "Essa edição tem um caráter especial, tanto da retomada do festival presencial, quanto de refundação do Ministério da Cultura, que eleva novamente a cultura como área estratégica no projeto de país", avalia Paola Soccas, coordenadora do CUCA da UNE (Circuito Universitário de Cultura e Arte). "Toda a programação das mostras, debates e shows foi pensada como "Manifestos" pela reconstrução do país, a partir da diversidade cultural do povo e do território brasileiro", observa Bruna Brelaz, presidente da UNE. A primeira Bienal da UNE foi realizada em 1999, em Salvador (BA), já passou por Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e mais de uma vez no Rio de Janeiro.