Após três anos, o Sargento Pimenta, tradicional bloco do Rio, voltou a embalar dezenas de milhares de foliões no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio, na manhã desta segunda-feira (20). Ao som dos maiores sucessos dos Beatles, o cortejo teve como tema a música "Get Back" e a estimativa dos organizadores é de que, pelo menos, 80 mil pessoas tenham comparecido ao local.
Laura de Castro, 31 anos, já atuou na banda e hoje participa dos bastidores, na produção. Segundo ela, esse carnaval “pós” pandemia é quase que libertador frente ao período de restrições vivido durante os últimos anos.
“O tema desse ano foi ‘Get Back’, um clássico da banda, que a tradução é volte. E essa é a nossa volta. É um marco. Poder estar junto de novo. O bloco, na verdade, nunca parou. As aulas on-line foram mantidas, mas todo nosso trabalho é para esse momento: para o carnaval”, disse.
O bloco, que teve início às 10h e seguiu até às 14h, possui uma estrutura com palco montado na altura da Praça Paris, no bairro da Glória. Durante toda a festa, o sol e o calor foram intensos. Uma foliã, inclusive, precisou ser removida a um posto médico. A mulher, que estava acompanhada de uma amiga, precisou passar por um processo de reidratação e foi liberada em seguida.
Na setlist do Sargento, alguns dos maiores clássicos da banda mais famosa de Liverpool, como “Yesterday”, “Hey Jude”, “Hello Goodbye”, “Yellow Submarine”. Todos embalados na levada da marchinha de carnaval.
Para curtir a volta do bloco, muitos foliões capricharam na fantasia. Um deles foi o empresário Ralf Toenjes, de 31 anos, que aproveitou a semelhança com Sir Paul McCartney — talvez o Beatle mais famoso e certamente o mais bem sucedido dos quatro —, para se fantasiar como o cantor. Segundo ele, o resultado foi bom e rendeu uma série de pedidos para fotos.
“Há várias edições eu faço questão de comparecer. É incrível como a energia sempre se renova e é mais incrível que a anterior. Estar aqui é quase que obrigatório para começar o ano bem. É revigorante da mesma forma que é indescritível estar aqui depois de tudo que vivemos”, pontuou.