Segundo Richarlls Martins, ao todo 104 projetos foram aprovados pelo programa, e desses, 54 já receberam recursos para as ações até o momento. Os programas atenderam à população de oito cidades do Rio, entre elas a capital, Niterói, São Gonçalo, Angra dos Reis, Duque de Caxias, São João de Meriti, Queimados e Petrópolis; e focou em ações voltadas para áreas como proteção social, saúde mental, segurança alimentar e a promoção de territórios sustentáveis, promovendo a geração de emprego e renda.“Nosso objetivo é ampliar as ações em curso e constituir uma política de saúde integral para as favelas fluminenses.
A destinação de R$ 25 milhões da Alerj para o orçamento de 2023 à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro se repassada a Fiocruz possibilitará esta ampliação"Martins explicou que o valor total doado pela Alerj ainda não foi utilizado por conta das restrições da Emenda Constitucional 95, que limita o teto de gastos das instituições públicas, em decorrência do Regime de Recuperação Fiscal. "Até o final deste ano corrente pretendemos alocar no projeto os outros R$13,5 milhões restantes convocados às propostas já aprovadas", sinalizou.
Em resposta, a subsecretária Adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Cláudia Melo, afirmou que a pasta estará à disposição do grupo e aberta para a interlocução e avanço dos projetos. “A gente viu um resultado para além do que estávamos esperando e queremos dar continuidade a essa política e temos recursos garantidos para isso”, disse.
Fome como prioridade
A fome não espera e foi pensando nesse ditado que os coordenadores se mobilizaram para impulsionar cozinhas comunitárias, segundo Martins. Cerca de 315 toneladas de alimentos e mais de 45 mil refeições foram distribuídas para famílias em situação de pobreza entre 2021 e o final de 2022, sendo 30% dessa alimentação oriunda da parceria da agricultura familiar e com alimentação orgânica.“O futuro é pensar e cuidar da nossa vizinhança.
Temos universalidades espalhadas pelo país todo, temos que unir essas potências com as favelas, só assim vamos avançar ainda mais. A cabeça pensa onde os pés pisam”, disse o assessor de relações institucionais da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Valcler Rangel.Tanto Rangel, quanto o secretário Nacional de Políticas para Favelas, Guilherme Simões, foram homenageados no evento com uma moção de aplausos. Simões agradeceu a condecoração e disse que vai trabalhar em conjunto com outros setores do governo Federal e Estadual. “Muitas vezes os impactos da Covid-19 estavam relacionados ao direito da sobrevivência, como comida. Então precisamos ajudar a articular essa rede interministerial com as entidades locais, para que essa política não acabe por aí”, concluiu.
O presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (PL), não esteve presente no encontro, mas enviou uma mensagem transmitida pela deputada Renata Souza, parabenizando cada integrante do programa e reafirmou que o Parlamento estará sempre à disposição para auxiliar políticas que visem melhorar a vida do cidadão Fluminense. Também estiveram presentes os deputados Flávio Serafini e professor Josimar, ambos do PSol, e a deputada Dani Balbi (PCdoB). O vereador Edson Santos (PT), também compareceu ao evento.