As Americanas entregaram nesta quarta-feira (25) à Justiça a lista de credores da companhia, que pediu recuperação judicial citando dívidas de cerca de R$ 43 bilhões – oito dias após ter revelado um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Entre os que têm valores a receber, estão bancos, fabricantes de brinquedos, editoras de livros e até a auditora dos balanços da própria empresa. Segundo a lista, a empresa deve, no total, R$ 41.235.899.286,62, a 7.967 nomes.
Veja alguns dos credores listados, de acordo com o Valor Online: B2W Lux (empresa que atua como marketplace da Americanas ): R$ 3,220 bilhões Bradesco: R$ 4,510 bilhões BTG Pactual: R$ 3,5 bilhões Itaú Unibanco: R$ 2,7 bilhões Banco do Brasil: R$ 1,360 bilhão Banco Safra: R$ 2,526 bilhões Santander Brasil: R$ 3,652 bilhões Banco Votorantim: R$ 3,286 bilhões Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões Banco Daycoval: R$ 510 milhões Banco ABC Brasil: R$ 416 milhões BNDES: R$ 276 milhões Banco da Amazônia: R$ 103 milhões BNB: R$ 49 milhões Banco da China Brasil: R$ 14 milhões. JSM Global (subsidiária com sede em Luxemburgo e responsável pela emissão de bônus da companhia no mercado internacional): R$ 3,459 bilhões Samsung: R$ 1,209 bilhão Mattel (fabricante das bonecas Barbie e dos carrinhos Hot Wheels): R$ 154,5 milhões Hasbro (fabricante de jogos de tabuleiro): R$ 47,3 milhões Somos Educação: R$ 14,4 milhões Editora Record: R$ 6,9 milhões Editora Intrínseca: R$ 6 milhões Editora Rocco: R$ 3,7 milhões Editora Planeta: R$ 2,4 milhões Catavento (distribuidora de livros): R$ 7,6 milhões BIC: R$ 23,2 milhões Faber Castell: R$ 3,9 PwC (auditora dos balanços das Americanas): R$ 210,7 mil A lista também traz uma dívida de R$ 5,2 bilhões com o Deutsche Bank. O banco esclareceu, no entanto, que é agente fiduciário de dois títulos de dívida, de US$ 500 milhões cada, que a Americanas emitiu no exterior no segundo semestre. E que mantém os títulos como trustee, mas não tem exposição ao caso. "O Deutsche Bank não foi afetado, pois não tem empréstimo nem qualquer exposição de crédito junto à empresa em questão", afirma.