O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, o Sindipetro-NF, pediu que autoridades façam a interdição administrativa da plataforma P-50, na Bacia de Campos, por condições precárias de trabalho. O documento foi protocolado na última quarta-feira (25) junto ao Ministério Público do Trabalho, Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região e Coordenadoria Regional do Trabalho Portuário e Aquaviário. Segundo o sindicato, a situação na embarcação afeta trabalhadores e o meio ambiente, com problemas na parte interna e na área interna da plataforma. De acordo com relatos recebidos pelos petroleiros, de cada dez banheiros, oito estão interditados. E a falta de higiene no local prejudica o ambiente.
O ofício destaca ainda que o maquinário e a estrutura da plataforma estão em processo de degradação por falta de manutenção e investimentos. O sindicato alerta também sobre os riscos causados pela precariedade dos turbos geradores, no gerador de emergência e no gerador auxiliar. Segundo ele, há "falhas no sistema de aquecimento de água, que interfere no processo de separação e enquadramento de petróleo e água descartada". Os relatos recebidos pelo Sindipetro e encaminhados aos órgãos de fiscalização citam ainda furos na linha de descarte de água oleosa, o que poderia causar a contaminação em superfícies de contato. Em nota, a Petrobras informou que está ciente do ofício protocolado pelo Sindipetro-NF e contesta que haja risco para continuidade operacional da plataforma P-50. Informou ainda que todas as questões estão sendo tratadas junto à nova operadora do campo de Albacora Leste, a PetroRio, após o processo de venda finalizado e aprovado pelos órgãos fiscalizadores no dia 26 de janeiro de 2023.