Álvaro Malaquias Santa Rosa, de 34 anos, mais conhecido como Peixão, que está no centro das ações violentas registradas nesta quinta-feira (24/10), na Avenida Brasil, é um dos criminosos mais procurados do estado do Rio de Janeiro.
O criminoso é apontado como o chefe do Complexo de Israel, uma aliança formada por cinco favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Apelidado de Alvinho na infância, e também conhecido por Aarão, o traficante acumula mais de 35 anotações criminais e responde a 26 processos judiciais, dos quais 13 envolvem homicídios ou tentativas de homicídio. Peixão é visto como um chefe expansionista e violento, com seis mandados de prisão em aberto e uma notória reputação pelo controle rígido de territórios.
Peixão começou sua trajetória criminosa em Duque de Caxias, onde nasceu. Investigado por ordenar ataques a terreiros de religiões de matriz africana, ele teria agido através de uma facção conhecida como Bonde de Jesus, cujo objetivo seria a conversão forçada ao cristianismo evangélico, religião que ele mesmo professava e pregava. Essa contradição entre o discurso religioso e suas práticas criminosas é um aspecto que intriga as autoridades e a população.
A ascensão de Peixão no crime foi marcada pelo controle do tráfico de drogas e por sua ambição de expandir o domínio sobre outras comunidades. Em 2019, ele criou o Complexo de Israel, que integra várias favelas sob sua liderança, centralizando as operações do tráfico de drogas e aumentando seu poder na Zona Norte. Nesta quinta-feira (24), uma operação policial no local resultou em um tiroteio que deixou três inocentes mortos e três feridos, expondo mais uma vez o grau de violência do território.
Com um histórico extenso no mundo do crime, Peixão representa um dos principais desafios para as forças de segurança do Rio de Janeiro. Seu poder é mantido por uma complexa rede de subordinados e alianças que permite sua atuação, mesmo diante de mandados de prisão e da intensa perseguição policial.
O Disque Denúncia pede informações que ajudem a encontrar o criminoso. Elas podem ser fornecidas de forma anônima pelo (21) 22531177 (WhatsApp).
