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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e a Polícia Civil assinaram um acordo de cooperação para reforçar as investigações sobre o chamado “golpe do falso advogado”, crime que vem se tornando cada vez mais frequente e sofisticado no estado. A prática tem causado prejuízos financeiros e emocionais a diversas vítimas, que são enganadas por criminosos se passando por profissionais da área jurídica.
Pelo novo acordo, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) passa a ter acesso facilitado a informações que podem auxiliar nas investigações, como registros de IPs e horários de acesso a processos judiciais. O compartilhamento desses dados ocorrerá dentro dos limites previstos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo segurança e sigilo das informações.
O golpe costuma seguir um roteiro bem planejado. Os criminosos entram em contato com as vítimas se apresentando como advogados ou representantes de escritórios renomados. Em seguida, solicitam transferências bancárias sob o pretexto de custear taxas ou agilizar o andamento de processos. Depois do pagamento, as vítimas descobrem que caíram em uma farsa — e ficam sem o dinheiro e sem qualquer avanço judicial.
Em agosto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) lançou uma cartilha com orientações sobre como se proteger desse tipo de golpe. A entidade alerta que advogados legítimos não fazem cobranças via mensagens de aplicativos nem solicitam depósitos em contas pessoais.
Com o acordo entre o TJRJ e a Polícia Civil, a expectativa é de que as investigações ganhem agilidade e que os responsáveis por esses crimes sejam identificados com mais rapidez, ajudando a reduzir o número de vítimas e a fortalecer a confiança no sistema de Justiça.
