A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, afirmou nesta quarta-feira (2) que a companhia está otimista com as três novas descobertas feitas nas Bacias de Campos e Santos.
“São ótimas. Não posso divulgar os volumes porque ainda estamos realizando os testes finais, mas os números são significativos”, disse Anjos após um evento sobre petróleo e gás no Rio de Janeiro.
No campo de Búzios, na Bacia de Santos, a Petrobras identificou 54 metros de óleo abaixo da profundidade esperada para a presença de água. Com isso, a projeção da companhia indica que o bloco “Búzios 12” ainda pode ter mais 47 metros de óleo, um volume considerado expressivo.
Nova plataforma e exportação de gás
Segundo a executiva, a diretoria da estatal analisará uma proposta para a construção de uma plataforma do tipo FPSO (flutuante, de produção, armazenagem e transferência) com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia e exportar gás natural via Rota 3 para o Complexo de Energias Boaventura, no Rio de Janeiro.
A Petrobras pretende aproveitar a estrutura já existente em Búzios 12, que se tornou uma das apostas da estatal para manter o nível de produção na região do pré-sal nos próximos anos. Com a entrada do novo campo, o pico da produção do pré-sal deve ser estendido em pelo menos um ano, até 2032. A contratação será no modelo BOT (Build, Operate and Transfer, ou Construção, Operação e Transferência, na sigla em inglês).
“Não podemos ter um campo e não extrair o melhor dele. Fazer Búzios 12 é tratar esse supergigante, maravilhoso, como ele deve ser tratado: extraindo o óleo da melhor forma possível, da maneira mais econômica possível”, destacou Anjos.
A diretora da Petrobras também demonstrou otimismo em relação à exportação de gás.
“Vamos ter uma exportação de gás, o que será muito positivo. Quando o campo estiver produzindo mais gás no futuro, teremos uma forma eficiente de enviá-lo para a costa.”