Foto: Cláudio Castro (PL) durante o anúncio do Barricada Zero, no Palácio Guanabara.
O governo do Rio de Janeiro anunciou que o programa Barricada Zero, lançado nesta segunda-feira (17) no Palácio Guanabara, deve ser expandido para cidades do interior do estado após a conclusão da primeira etapa na Região Metropolitana. A iniciativa mira a remoção de 13.604 pontos de bloqueio instalados pelo crime organizado para controlar acessos e restringir a circulação de moradores, serviços públicos e forças de segurança.
Nesta fase inicial, o programa contempla 12 municípios: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Japeri, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Duque de Caxias, Queimados, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita e Maricá.
Segundo integrantes do governo, o objetivo é que o modelo — que envolve mapeamento por geointeligência, uso de drones, levantamento policial e parceria direta com as prefeituras — seja levado para regiões do interior, onde comunidades também enfrentam obstáculos instalados por organizações criminosas. A ampliação está em análise pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelas secretarias estaduais envolvidas.
A reunião que marcou o início da etapa operacional contou com 9 prefeitos, incluindo o do Rio, Eduardo Paes (PSD). Outros 3 municípios enviaram representantes para acompanhar as diretrizes do programa.
O Estado também distribuirá 50 kits de demolição para auxiliar as prefeituras. Os equipamentos incluem retroescavadeiras, caminhões basculantes, rompedores hidráulicos, motosserras e ferramentas específicas para desobstrução.
Todos os materiais removidos serão encaminhados para áreas de descarte indicadas pelos próprios municípios.
Segundo o governador Cláudio Castro (PL), o programa terá caráter permanente, incluindo reforço em áreas onde as barricadas voltarem a ser erguidas:
“Nós não retrocederemos. Onde nós tirarmos a barricada e essa barricada voltar, teremos ações contínuas, sobretudo do Bope e da Core, para impedir a reconstrução e libertar essas pessoas das organizações narcoterroristas”, afirmou.
O governo vai avaliar, ao longo das próximas semanas, quais cidades do interior terão prioridade na expansão do programa, considerando volume de denúncias, dados de inteligência e impacto direto sobre a mobilidade da população.
