A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou, nesta quinta-feira (20), que os ataques a aeronaves policiais cresceram mais de 300% desde o início da ADPF 635 (ADPF das Favelas), medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que restringe operações policiais em comunidades.
Segundo nota divulgada pela instituição, a decisão do STF acabou encorajando criminosos a atentarem contra forças de segurança.
“Assim como todos acompanham as medidas restritivas da ADPF, essas facções de narcoterroristas também o fazem e se motivam ainda mais em atentar contra as vidas dos policiais”, diz o comunicado.
O STF deve retomar o julgamento da ADPF 635 na próxima semana.
Nesta quinta-feira, o copiloto de um helicóptero da Polícia Civil, Felipe Marques Monteiro, foi baleado na cabeça durante uma operação na Vila Aliança, Zona Oeste do Rio. A aeronave sobrevoava a região quando traficantes atiraram contra os policiais. Ele foi socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e seu estado de saúde é grave.

A ação policial fazia parte da segunda fase da Operação Torniquete, que investiga uma quadrilha especializada no roubo de vans. Os criminosos roubavam os veículos, desmontavam e revendiam as peças no mercado ilegal. Durante a ofensiva, o chefe da organização criminosa foi preso, além de outros integrantes do grupo.
A Polícia Civil prometeu uma resposta enérgica ao ataque e reforçou que seguirá atuando para combater organizações criminosas que ameaçam a segurança pública no Rio de Janeiro.