A Polícia Federal divulgou, nesta terça-feira (11), o balanço da Operação Tarja Preta, que investiga um esquema de exportação ilegal de medicamentos controlados para os Estados Unidos. A ação, deflagrada pela PF em Macaé, no interior do Rio de Janeiro, contou com o apoio de autoridades norte-americanas e resultou na prisão de dois investigados e na apreensão de milhares de remédios, além de celulares, mídias, documentos e receitas médicas irregulares, algumas assinadas, mas sem identificação de pacientes.
O principal alvo da operação, Valter Inácio dos Santos, foi preso em Orlando, na Flórida, e será deportado para o Brasil, segundo informou a Polícia Federal. Já o sobrinho dele, Wagner Inácio dos Santos Júnior, foi preso em flagrante no estado do Rio de Janeiro, após os agentes encontrarem medicamentos armazenados de forma irregular em um imóvel.
De acordo com as investigações, iniciadas em 2023, o grupo mantinha uma estrutura criminosa organizada, com funções bem definidas, como fornecimento, intermediação e receptação dos produtos. A PF também apurou indícios de lavagem de dinheiro, com movimentações bancárias consideradas atípicas.

Os medicamentos apreendidos incluem ansiolíticos conhecidos como “tarja preta”, que eram comercializados sem a exigência de prescrição médica e em desacordo com normas sanitárias brasileiras e norte-americanas.
A operação desta terça-feira cumpriu seis mandados de busca e apreensão, além de um de prisão temporária e uma prisão em flagrante, em endereços localizados em Rio das Ostras, no litoral fluminense.
Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas.
O blog tenta contato com a defesa dos suspeitos presos.
