Os agentes do Gaeco/MPRJ e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apreenderam 26 celulares na casa do presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, preso nesta quarta-feira (09/10) com uma arma de uso restrito das forças policiais.
Flávio era alvo de um mandado de busca e apreensão, mas acabou sendo preso em flagrante quando os agentes encontraram uma pistola calibre .40, de uso restrito, perto de sua casa. A suspeita é que ele tenha descartado a arma durante a operação, o que sua defesa nega.
De acordo com as investigações conduzidas pelo Gaeco/MPRJ e pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Flávio é apontado como braço direito de Rogério de Andrade, patrono da escola de samba e suspeito de integrar um grupo que disputa o controle do jogo do bicho.
A Operação Fissão, que investiga um grupo de extermínio, também tem como alvos os ex-policiais militares Thiago Soares Andrade Silva, Anderson de Oliveira Reis Viana, Rodrigo de Oliveira Andrade de Souza, e o PM Bruno Marques da Silva, com quatro mandados de prisão expedidos. Eles são acusados do homicídio de Fábio Romualdo Mendes, crime ocorrido em setembro de 2021, supostamente ligado à disputa por territórios dominados por Rogério de Andrade.
Além disso, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo o Rio de Janeiro, Maricá, Petrópolis e Angra dos Reis, em endereços relacionados a Rogério de Andrade, Flávio da Silva Santos e outros suspeitos, como o policial militar Adriano da Rocha Muniz e José William Fernandes de Assis.
A operação conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (CG/PMERJ), que informou, por meio de nota, que acompanha o caso e não tolera desvios de conduta. A corporação reforça que punições serão aplicadas aos envolvidos, caso as acusações se comprovem.
A defesa de Flávio Santos afirmou que a prisão foi uma surpresa e que vai contestar as acusações no momento oportuno. Já a Mocidade Independente de Padre Miguel destacou, em nota, que não tem envolvimento com as investigações e que segue comprometida com seus projetos sociais e a preparação para o Carnaval de 2025.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Rogério de Andrade.