A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram 7 mandados de busca e apreensão, nesta sexta-feira (04), no Rio, no âmbito das investigações que apuram as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes, em 2018.
De acordo com a PF, a ação teve como alvo um esquema ilegal de serviços de TV por assinatura (gatonet) em Rocha Miranda, na Zona Norte da capital, cuja liderança da atividade clandestina é atribuída ao ex-bombeiro Maxwell Simões Côrrea “Suel”, preso na semana passada suspeito de participação nas mortes da vereadora e de seu funcionário.
Ao longo da manhã, os policiais federais e os agentes do MPRJ estiveram em endereços no Complexo do Lins, Méier e Rocha Miranda, na Zona Norte e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
No Recreio, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Aline Siqueira, mulher do ex-bombeiro Suel. De acordo com a advogada Fabíola Garcia, no imóvel os agentes apreenderam um carro, um celular e um caderno. Na manhã desta sexta, Aline foi até a Superintendência da PF para prestar depoimento a pedido da defesa.
“Nesta semana nós entramos em contato com o delegado titular do caso Marielle para pedir que a Aline fosse ouvida. Toda vida financeira da Aline vai ser justificada, inclusive já começou a ser esclarecida hoje. Ela não é laranja, exerce um trabalho legal”, afirmou a defesa.
Na terça-feira (25/07), Suel foi transferido para um presídio federal em Brasília, por determinação do judiciário do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações da PF e do MPRJ, o ex-bombeiiro ajudou a esconder o carro usado na noite do crime pelos ex-PMs Ronie Lessa e Elcio de Queiroz. A defesa de Suel nega que ele tenha envolvimento.