A 2ª Vara Criminal da Capital determinou a transferência de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, para um presídio federal de segurança máxima. O preso é apontado pelas investigações como chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, com forte atuação na zona oeste da capital.
Além de Zinho, a decisão desta quinta-feira (22/02) também cita a transferência de Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, que integra o mesmo grupo criminoso. Ambos estão presos no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ainda não se sabe para qual unidade federal, nem quando as transferência irão ocorrer, mas a operação será conduzida pelo Polícia Federal e pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
De acordo com o judiciário fluminense, a principal justificativa é a alta periculosidade dos acusados e o risco que suas presenças no estado do Rio representam para a sociedade. Em sua manifestação, o Ministério Público cita a atuação contínua dos grupos de milícia, que têm causado terror principalmente em comunidades carentes, mantendo reféns e gerando instabilidade por anos.
“Ressalta-se que os grupos de milícia instalados neste Estado, fortemente estruturados e ostentando capilaridade por todo país e até no exterior, vem, diuturnamente, protagonizando o terror infligido, em especial, aos moradores de comunidades carentes, deles fazendo reféns e gerando situação de instabilidade por anos e sem descanso. Tudo isso já aponta para o grave e concreto risco que a permanência do referido réu em solo fluminense representa à continuidade das políticas de segurança pública em desenvolvimento no Estado”, cita o MP.
Além da transferência para um presídio federal, a juíza determinou a inclusão dos réus ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Ele estabelece que os presos fiquem em celas separadas e restringe o acesso ao local.
Zinho se apresentou à Polícia Federal em dezembro do ano passado, após uma ação da PF e do MP que mirou o núcleo político da atuação da milícia. O chefe da organização criminosa estava foragido desde 2018 e tinha doze mandados de prisão em aberto
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