A família de Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, entrou com um pedido na Justiça Federal para que seja realizada uma nova autópsia no Brasil. A solicitação foi protocolada pela Defensoria Pública da União (DPU), com apoio da Prefeitura de Niterói, cidade natal da publicitária.
Segundo a DPU, a petição foi apresentada durante o plantão judicial no domingo (29) e aguarda análise pelo juízo responsável. A instituição afirma que segue acompanhando o caso.
Juliana Marins morreu no dia 20 de junho após uma queda de cerca de 300 metros durante uma trilha em uma das montanhas mais altas da Indonésia. Ela estava em viagem pela Ásia desde fevereiro. O resgate do corpo levou quase quatro dias e foi dificultado pelas condições do terreno e pela estrutura precária da região.
A primeira autópsia, feita na Indonésia, indicou traumatismo por força contundente como causa da morte. O laudo ainda depende do resultado dos testes toxicológicos, que devem ser concluídos nas próximas semanas. A família busca a reavaliação do caso por peritos brasileiros.
Além do pedido de nova perícia, os familiares também enfrentam dificuldades para confirmar o voo de repatriação do corpo. A Emirates, companhia responsável pelo trecho de retorno a partir de Bali, ainda não confirmou o embarque.
A Prefeitura de Niterói informou que arcou com R$ 55 mil em despesas relacionadas à repatriação e ao sepultamento da brasileira. Também foi anunciada uma homenagem: o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, devem receber oficialmente o nome de Juliana Marins.
O caso também reacendeu discussões sobre falhas na segurança do Monte Rinjani, que acumula ao menos oito mortes e 180 acidentes desde 2020, segundo dados locais. A falta de sinalização, demora no resgate e ausência de equipamentos adequados estão entre os problemas relatados por viajantes.