A força-tarefa criada para investigar as mortes dos três médicos, na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta-feira (05), já começou a colher os primeiros depoimentos sobre o crime e ampliou o leque de hipóteses sobre o que teria motivado os assassinatos.
De acordo com uma fonte da alta cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro, dentre as hipóteses que serão apuradas pela polícia estão execução, assassinatos encomendados e até mesmo um crime por engano, quando as vítimas são escolhidas por serem parecidas com os verdadeiros alvos.
A força-tarefa também deve apurar o envolvimento de milícias que já são investigadas por outros crimes cometidos na Zona Oeste da capital. De acordo com o Mapa Histórico dos Grupos Armados do Rio, as áreas dominadas pelas milícias cresceram 387,3% nos últimos 16 anos Rio de Janeiro. Segundo o levantamento, entre 2006 e 2021 o domínio territorial dos milicianos passou de 52,6 quilômetros quadrados para 256,3 quilômetros quadrados, uma área equivalente a 10% de toda a extensão do Grande Rio.
Os médicos Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida foram assassinados a tiros na orla da Barra da Tijuca. Um quarto médico também foi baleado, mas sobreviveu e está em estado estável. Todos vieram de São Paulo para o Rio para participar de um congresso de ortopedia.
Assim que o crime ocorreu, as forças de Segurança do Estado Fluminense e do Governo Federal anunciaram uma força-tarefa para descobrir a motivação e a autoria dos assassinatos. Participam das investigações, as Polícias Civis do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Polícia Militar do RJ, a Polícia Federal e o Ministério Público do Estado.