A votação que ocorre nesta quinta-feira (23/05) no Tribunal Regional Eleitoral do Rio, pode fazer com que o governo fluminense seja governado, ao menos temporariamente, pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo.
O cenário inusitado é decorrente da possibilidade de cassação da alta cúpula do estado, que está sendo julgada pelos desembargadores acerca da denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder político e econômico, cujo pedido foi feito pelo candidato derrotado nas últimas eleições, Marcelo Freixo (PT).
No julgamento desta quinta (23), o MPE pede a perda de mandato do governador Cláudio Castro (PL), do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União).
Os sete desembargadores do TRE analisam possíveis abusos de poder político e econômico e conduta vedada, na campanha eleitoral de 2022, pelo suposto uso de uma “folha de pagamento secreta” na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Na semana passada, antes do pedido de vista (mais tempo para analisar o caso), as defesas dos políticos mencionados na denúncia do MPE citaram uma fragilidade nas investigações e pediram a absolvição dos mesmos.
Caso a alta cúpula do estado seja considerada culpada, o julgamento será submetido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e só depois disso o presidente do Tribunal de Justiça do Estado assume interinamente o cargo de governador, até a marcação de novas eleições.
O julgamento foi retomado nesta quinta-feira (23/05) e o placar está em 2×2 (última atualização às 18h).
Atualização (19h50):
Por maioria de votos, cúpula do governo é absolvida das acusações do MPE.