A Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) confirmou no começo da tarde desta segunda-feira (28/08), que as análises feitas pela empresa detectaram a presença de detergente na Estação de Tratamento do Guandu (ETA-Guandu), que atende mais de 10 milhões de moradores do Grande Rio.
No começo da manhã, a Cedae suspendeu a captação de água no Sistema Guandu depois que técnicos identificaram diversos focos de espuma branca no manancial. Como a origem do produto ainda era desconhecida, a companhia acionou um protocolo de contingência e informou o ocorrido ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), além das concessionárias que fazem a distribuição de água.
A previsão, segundo a Cedae, é que o serviço seja retomado ainda nesta segunda e, no prazo de 72 horas, a água tratada chegue normalmente para todos os pontos de distribuição.
Além da investigação do INEA, a Polícia Civil do Rio de Janeiro também apura a origem da “onda de espuma” no manancial. O objetivo da Delegacia de Meio Ambiente é saber se o despejo foi acidental ou criminoso e de onde partiu o produto.
De acordo com o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballom, a suspeita é que tenha ocorrido um despejo pontual de um surfactante no Rio Guandu. O material é um tipo de detergente comum em indústrias.
Por causa do problema, pode haver falta d´água nos municípios de Duque de Caxias, Nilópolis, Rio de Janeiro, Belford Roxo, Itaguaí, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti.
Vídeo mostra “onda” de espuma na ETA-Guandu: