Com quatro casos confirmados em Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro, o dobro do registrado em todo ano de 2022, o município entrou na rota de alerta contra a meningite, uma doença que mata.
De acordo com dados da vigilância epidemiológica, nenhum dos pacientes infectados tinha o esquema vacinal completo, o que aumenta a chance de gravidade dos casos.
Em 2022, o município atingiu apenas 65% da cobertura vacinal em bebês. Já o estado do Rio de Janeiro teve um percentual menor ainda, de somente 60%. Ambos os índices ficaram abaixo da meta do Ministério da Saúde, que é de 95%.
Na comparação com os demais estados, o Rio de Janeiro tem a pior cobertura da região sudeste contra a meningite e o segundo pior índice do país, atrás apenas do Amapá
Dentre as estratégias para conter o crescimento de casos em Campos e nos demais municípios do Rio de Janeiro, estão a atualização dos cartões vacinais nas creches e escolas dos pacientes e uma campanha massiva de conscientização sobre a importância da vacinação.
De acordo com as secretarias municipal e estadual de Saúde, o objetivo é imunizar crianças até 10 anos contra a meningite C e entre 11 e 14 anos com a vacina ACWY.
Em todo o estado, já foram contabilizados 26 casos da doença e 5 óbitos em 2023.
Doença é grave
A meningite é uma doença grave causada pela inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A infecção se dá por vírus ou bactérias.
A doença também é considerada endêmica no país. As bacterianas são mais comuns no outono e no inverno, já as virais durante a primavera e o verão.
A forma mais eficaz de prevenção é a imunização. Ao todo, o SUS oferece 7 vacinas contra a meningite.