Foto: Cleber Rodrigues
O príncipe William segue mexendo com a rotina do Rio de Janeiro. Desde que desembarcou na cidade, na segunda-feira (3), o herdeiro do trono britânico tem atraído olhares por onde passa, combinando simpatia e uma agenda intensa marcada por compromissos ligados à sustentabilidade e à preservação ambiental.

O primeiro dia começou no Morro da Urca, com direito a vista privilegiada da Baía de Guanabara. Ali, o príncipe recebeu as chaves da cidade das mãos do prefeito Eduardo Paes e conversou sobre o papel do Rio na promoção de políticas ambientais.
De lá, William seguiu para o Maracanã, onde jogou bola com crianças do programa Geração Earthshot, uma iniciativa que estimula jovens a pensar em soluções criativas para o enfrentamento das mudanças climáticas. A cena de um futuro rei trocando passes com garotos brasileiros num dos estádios mais famosos do mundo virou símbolo do dia.

A segunda-feira terminou em Copacabana, com demonstrações de resgates marítimos do Corpo de Bombeiros e uma visita ao Projeto Botinho, que há décadas ensina crianças e adolescentes sobre segurança no mar e educação ambiental.

Mas foi nesta terça-feira (4) que o príncipe viveu uma das experiências mais marcantes da passagem pelo Rio. Ele cruzou a Baía e foi até a Ilha de Paquetá, um dos lugares mais tranquilos da cidade. A visita foi cercada por forte esquema de segurança, com varredura feita pela Polícia Federal e uso de cães farejadores e detectores de metais antes da chegada do herdeiro do trono.
Mesmo com o aparato, o clima na ilha foi de festa. William tirou fotos, acenou e conversou com moradores. O momento mais emocionante veio com o encontro com Marcel Gomes de Castro, de 12 anos, que entregou dois quadros ao príncipe — um deles retratando um porta-helicópteros que já pertenceu ao Reino Unido e hoje integra a frota brasileira.
Em Paquetá, William se reuniu com Mauro Oliveira Pires, presidente do ICMBio, Ana Paula Prates, do Ministério do Meio Ambiente, e Breno Herrera da Silva, gerente da Região Sudeste do instituto. O grupo apresentou ao príncipe os projetos de recuperação dos manguezais de Guapimirim, que unem ciência, comunidade e conservação ambiental.
De lá, ele seguiu para Guapimirim, onde acompanhou de perto uma atividade de plantio ao lado dos chamados “Guardiões locais”, moradores treinados para ajudar na restauração do ecossistema e na proteção da vida marinha da Baía de Guanabara.

Para o presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, as unidades de conservação são fundamentais no combate às mudanças climáticas, justamente por integrarem atividades econômicas e culturais ao cuidado com o meio ambiente.
A agenda de William no Rio segue até esta quarta-feira (5), quando ele será o anfitrião do Prêmio Earthshot, no Museu do Amanhã, no Centro da cidade. Criado por ele em 2020, o prêmio é considerado o “Oscar da Sustentabilidade” e reconhece projetos que propõem soluções inovadoras para alguns dos maiores desafios ambientais do planeta.
Depois da cerimônia, o príncipe embarca para Belém (PA), onde representará o pai, o rei Charles III, na Cúpula de Líderes Mundiais da COP30, que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
