A Polícia Civil do Rio identificou as três mulheres suspeitas de dopar e roubar dois estudantes britânicos na madrugada de quinta-feira (8), na Zona Sul do Rio de Janeiro. Entre elas está Raiane Campos de Oliveira, de 27 anos, que acumula um histórico impressionante de passagens pela polícia: mais de 20 anotações criminais, incluindo acusações por associação criminosa e roubo.
Raiane não é desconhecida das autoridades. Em 2023, ela foi presa por um crime semelhante: o roubo a um turista inglês na Pedra do Sal, no Centro do Rio. Na ocasião, o estrangeiro afirmou ter sido dopado e furtado por duas mulheres que conheceu em um samba. Ela chegou a ser condenada a seis anos de prisão no regime semiaberto, mas foi absolvida em julho deste ano por falta de provas que a ligassem diretamente ao caso.
As outras suspeitas são Amanda Couto Deloca, de 23 anos, e Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 26. Segundo a polícia, as três seriam moradoras do Complexo do Chapadão, na Zona Norte da cidade.
O golpe mais recente teria começado quando as suspeitas conheceram as vítimas em um bar na Lapa. Um dos britânicos relatou que tomou uma caipirinha “batizada” e, ao seguir com o grupo para Ipanema, perdeu a consciência. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um dos estrangeiros cambaleando na areia, próximo ao Posto 9. Pouco depois, as mulheres foram vistas fugindo de táxi.

As vítimas denunciaram o furto de dois celulares e uma transferência bancária de 16 mil libras — o equivalente a cerca de R$ 110 mil. A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) investiga o caso e analisa imagens de câmeras de segurança.
No início do ano, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil já havia emitido um alerta para viajantes, citando o Rio de Janeiro como um dos locais onde há risco de uso de sedativos em bebidas, além de recomendar que turistas evitem bares e boates desacompanhados.
Até o momento, as três suspeitas seguem foragidas. Não conseguimos contato com a defesa delas.