Foto: Beth Santos/ Divulgação: Prefeitura do Rio
A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira (10) a expansão da CIVITAS, Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública. Lançado em junho de 2024, o sistema deverá alcançar 20 mil câmeras inteligentes até 2028 e se tornar, segundo a gestão municipal, o maior centro urbano de vigilância tecnológica do Brasil.
Nesta nova etapa, o foco será o reforço do chamado cerco eletrônico, com a instalação de 56 portais de monitoramento nas principais vias de entrada e saída da cidade. Esses pontos estratégicos — batizados de “Fronteiras Digitais” — vão operar com reconhecimento de placas, monitoramento de comportamentos atípicos de veículos e detecção da circulação de pessoas em tempo real por meio de inteligência artificial.
As áreas escolhidas seguem critérios técnicos definidos em conjunto com as forças de segurança, levando em conta a incidência de crimes, necessidade de reforço no policiamento e lacunas na cobertura tecnológica atual.
“Todos os pontos cegos e as vias de grande circulação da cidade terão cobertura. As câmeras contarão com reconhecimento facial, identificação de veículos e outras funcionalidades que tornarão o trabalho da CIVITAS não apenas de apoio às forças de segurança, mas também de prevenção com uma atuação muito mais efetiva”, declarou o prefeito Eduardo Paes (PSD).
O sistema é operado com auxílio da IRIS, uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela própria Prefeitura. A tecnologia é capaz de reconhecer rostos, identificar padrões de comportamento suspeitos, gerar mapas de calor e antecipar riscos com base em ocorrências anteriores. Além disso, a IRIS cruza dados de diferentes origens — como o Disque Denúncia, a Central 1746 e o datalake da prefeitura — para auxiliar investigações mais complexas.
Segundo o governo municipal, a CIVITAS atua de forma integrada com órgãos de segurança em todas as esferas, incluindo o Judiciário. A nova Sala de Situação — instalada na estrutura que foi usada durante a cúpula do G20 — deve ampliar a capacidade de operação do sistema.
Desde sua criação, a central já emitiu mais de 160 mil alertas em tempo real, realiza 6,1 milhões de leituras de placas por dia e deu suporte a mais de duas mil investigações e operações. Atualmente, dados de 20 secretarias municipais estão integrados à plataforma.