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A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta terça-feira (8), pelo retorno do ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski à prisão. A decisão foi tomada por maioria dos desembargadores durante o julgamento do mérito da liminar que havia garantido sua soltura no mês passado.
Turnowski responde a processo por organização criminosa e é acusado de envolvimento com contraventores, além de supostamente ter recebido propina para favorecer bicheiros. Ele nega todas as acusações.
A liminar que permitiu sua liberdade provisória foi concedida anteriormente pelo desembargador Marcius da Costa Ferreira, mas foi revogada após o julgamento desta terça. Com isso, a prisão preventiva foi restabelecida.
O ex-secretário foi preso inicialmente em maio deste ano, por determinação do TJ-RJ. A ordem de prisão havia sido restituída pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Antes disso, ele já havia sido detido em setembro de 2022 por integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado do Rio.
A investigação que envolve Turnowski é um desdobramento do caso que levou à prisão do delegado Maurício Demétrio, em 2021. Demétrio é acusado de corrupção, de montar operações para incriminar adversários e de ligação com a morte do contraventor Fernando Iggnácio, executado em 2020. Ele já foi condenado a quase dez anos de prisão por obstrução de Justiça.
Segundo os promotores, Turnowski teria atuado como agente duplo, favorecendo interesses de Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio, figuras conhecidas da contravenção no estado.
Caso seja novamente detido, Turnowski deve ser encaminhado inicialmente ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, e depois transferido para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói.