O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), publicou nesta terça-feira (4) um vídeo nas redes sociais cobrando maior rigor do Governo Federal no combate ao tráfico de armas. A gravação, feita em um dos depósitos onde armamentos apreendidos ficam armazenados, expõe a rota de fuzis que chegam ao estado e destaca a necessidade de medidas mais firmes para conter esse fluxo ilegal.
Segundo Castro, nenhuma das armas utilizadas pelo crime organizado é produzida no Rio de Janeiro. O material chega ao Brasil vindo de países como Estados Unidos, França, Alemanha, China e Rússia, e, ao longo do caminho, “desaparece” em nações como Bolívia, Paraguai e Colômbia, antes de entrar pelas fronteiras brasileiras.
“Esse arsenal de guerra põe, todo dia, a vida do cidadão e também a vida dos nossos policiais em risco pelas ruas do Rio de Janeiro”, destacou o governador.
Apreensão de fuzis aumenta 20% em um ano
Os dados apresentados no vídeo reforçam a gravidade do problema. Em 2024, as forças de segurança do estado apreenderam 732 fuzis – uma média de dois por dia. O número representa um aumento de 20% em relação a 2023, evidenciando a presença crescente desse tipo de armamento nas mãos de criminosos.
Apesar do trabalho das polícias Militar e Civil na retirada de armas das ruas, Castro questiona a efetividade dessa ação se o fluxo ilegal não for interrompido na origem.
“O que adianta o Estado tirar os fuzis dos bandidos se essas armas continuam entrando pelas fronteiras do nosso país?”, questiona o vídeo.
O governador reforçou a necessidade de a União reforçar o patrulhamento das fronteiras e adotar sanções contra países que não rastreiam adequadamente o armamento exportado.
“Combater o crime não é papel apenas das polícias Militar e Civil… o Governo Federal precisa impor sanções”, defende a gravação.