A Light, concessionária de energia elétrica que atende a cidade do Rio de Janeiro, cortou, na manhã desta terça-feira (12), o fornecimento de energia em diversas instalações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) devido a uma dívida acumulada de R$ 31,8 milhões. A medida foi tomada após meses de tentativas de negociação e reuniões entre a reitoria da universidade e a concessionária, que afirma estar sem sucesso em alcançar um acordo para regularizar os pagamentos pendentes.
De acordo com a Light, a dívida é composta de contas vencidas entre março e novembro deste ano, além de R$ 3,9 milhões em parcelas não quitadas de um acordo de 2020. Naquele ano, a empresa havia pactuado com a UFRJ o parcelamento de um débito total de R$ 21,3 milhões, que seria quitado em etapas. Até o momento, porém, apenas R$ 13 milhões foram pagos, restando ainda um saldo que continua a crescer com os novos vencimentos deste ano.
Apesar do corte em algumas unidades da universidade, serviços considerados essenciais, como saúde e segurança, foram preservados da suspensão de energia. Assim, hospitais e outras áreas ligadas ao atendimento direto da população seguem com o fornecimento de luz garantido, evitando prejuízos à comunidade acadêmica e aos cidadãos que utilizam esses serviços.
A situação de inadimplência da UFRJ com a Light vem se arrastando há meses e levou a uma série de tentativas de diálogo. Desde junho deste ano, a Light e a reitoria da universidade realizaram várias reuniões para discutir a regularização da dívida, mas não chegaram a um acordo definitivo. A concessionária alega que a medida de suspensão foi adotada como última alternativa, após esgotadas as opções para um possível acordo.
Procurada, a UFRJ ainda não se posicionou oficialmente sobre o corte de energia em suas instalações ou sobre as estratégias que pretende adotar para contornar o problema financeiro e garantir a normalização do fornecimento de energia.
A falta de energia em algumas instalações da UFRJ impacta diretamente atividades acadêmicas e administrativas da instituição, que já vinha enfrentando desafios financeiros nos últimos anos. Com um orçamento limitado e crescente pressão sobre os recursos disponíveis, a universidade busca formas de se manter operante e cumprir suas obrigações, ao mesmo tempo em que tenta preservar as condições necessárias para ensino, pesquisa e extensão.