A filha de sete meses de Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, morta em um tiroteio na Linha Amarela, nesta terça-feira (18/06), chora muito e procura a mãe, revelou o tio da vítima, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (19/06).
“Ela (Deborah) já não estava mais amamentando, mas ela começa a chorar muito e procura a mãe. A Deborah ficava o tempo todo com ela, quando não estava no trabalho. Ela fazia várias atividades com a neném, fazia vídeo, fotografava. Tudo isso foi por água abaixo”, lamentou Waldir Guimarães.
Segundo a família, Deborah havia retornado da licença maternidade há cerca de duas semanas. Dedicada ao trabalho e muito querida pelos colegas, ela completou dez anos de empresa. Nesta quarta (19), a clínica prestou uma homenagem à funcionária.

“Nossa menina de ouro estava sempre a frente com um sorriso largo e pronta para ajudar. Colecionamos memórias inesquecíveis e você será sempre parte do melhor de nossa história”, postou a clínica GastromedRJ.
O tiroteio entre PMs e assaltantes, próximo à saída 7 da Linha Amarela, também tirou a vida de José Carlos da Silva, de 64 anos. De acordo com parentes da vítima, ele trabalhava como serralheiro e estava prestes a se aposentar. O trabalhador estava dentro do ônibus, quando foi atingido.
O confronto aconteceu quando bandidos armados tentaram roubar uma moto. Um PM percebeu a ação e atirou. Os assaltantes revidaram e houve troca de tiros. Durante a ocorrência, um criminoso foi baleado e preso. Alexsandro, de 24 anos, já tinha sido preso por tráfico de drogas e, desde o ano passado, cumpria pena em liberdade. Duas armas foram apreendidas pela PM.
“As leis favorecem a violência, infelizmente. O cidadão de bem agora está em segundo plano. Do outro lado, você vê o delinquente dando entrevista afirmando que saiu para roubar alguém. É isso que estamos vivendo”, desabafou Waldir.